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Rede de Sementes Flor do Cerrado participa de intercâmbio institucional em Mato Grosso

Publicado em 29 de Maio de 2024

A intenção é trazer experiências para fortalecer a rede de sementes em Mato Grosso do Sul



A Rede de Sementes Flor do Cerrado participou, nos dias 24 e 25 deste mês, em Nova Xavantina (MT), de um intercâmbio institucional na Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX). Durante o encontro, os participantes conheceram as operações e os procedimentos que sustentam a atuação da ARSX, desde a coleta e armazenagem até a precificação e venda das sementes.

Em 2017, a ARCP Guariroba iniciou um movimento de coleta de sementes nativas do Cerrado com a comunidade Quilombola Boa Sorte de Corguinho, em Mato Grosso do Sul. A partir de 2022, juntamente o WWF-Brasil e o Instituto Taquari Vivo, a Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) integrou as instituições estruturantes que apoiam a criação da Rede Flor do Cerrado- a primeira rede de sementes do estado. Atualmente, a Rede de Sementes Flor do Cerrado conta com quatro núcleos de coletas: Corguinho, Nioaque , Sidrolândia e Figueirão.

No primeiro dia de intercâmbio, os 14 integrantes da comitiva de Mato Grosso do Sul participaram de uma apresentação detalhada sobre a parte institucional e administrativa da ARSX. Também visitaram o Laboratório de Sementes da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), onde lotes de sementes da Rede de Sementes do Xingu são periodicamente avaliados, e no final do dia, o grupo conheceu a propriedade do coletor e restaurador Vilmar Tusset, que tem resultados práticos do trabalho de restauração ecológica feita pela ARSX.

Já no segundo dia, houve troca de experiências entre os coletores, na propriedade dos coletores e restauradores Mariozan Ferreira e Maria Ângela, no Projeto de Assentamento (PA) Pé da Serra. Os participantes também puderam observar outras áreas de restauração – uma feita com a técnica de muvuca de sementes e outra, com arranjo agroflorestal.



Para o presidente da ARCP Guariroba, Claudinei Menezes Pecois, o intercâmbio foi muito importante para a consolidação da Rede de Sementes Flor de Cerrado. "Aprender com a experiência dos outros facilita bastante porque evita muitos erros. Podemos traçar um caminho, ter um caminho com mais acertos porque a Rede de Sementes do Xingu já passou por várias fases que nós estamos passando agora e, aprendendo com eles, podemos superar vários obstáculos", explica ele.

De acordo com a vice-presidente da ARCP Guariroba, Maria Cristina Possari Lemos, a troca de experiências ofereceu uma referência para ressignificar algumas ações para atingir o propósito estabelecido. "Para isso temos que estruturar a rede de Semente Flor do Cerrado e implantar um fluxo detalhado das ações de cada componente da rede", avalia ela.



A diretora-executiva da ARSX, Bruna Dayanna Ferreira de Souza, lembra que no início da formação da rede era apenas um coletor de sementes. "Depois sete coletores, depois fomos para 300 e agora 600. Essa é uma análise que precisa ser feita: qual o tamanho que a rede quer ter? É uma análise muito interessante de se fazer desde agora", disse ela, durante conversa com os visitantes.

Laiane Korte, técnica da ARSX, também destacou a importância desse intercâmbio: "Foi além de uma visita entre uma rede e outra, foi uma troca super interessante. Ver outras pessoas começando uma nova rede, passando por problemas de estruturação, de mercado, de estado, de cultura, de tudo. As perguntas foram muito pontuais e nós nos surpreendemos com a troca. Saímos com vontade de ter mais intercâmbios assim", avalia ela.

Já para o técnico do Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado (Ceppec), Adriel da Costa de Abreu, o acolhimento recebido e a troca de experiência durante o encontro foram essenciais para o desenvolvimento da Rede de Sementes Flor do Cerrado. "É uma riqueza muito boa a gente poder voltar para o nosso território e saber que futuramente iremos ter esse reconhecimento, essa notoriedade que a Rede do Xingu tem hoje", afirma ele.



O WWF-Brasil e o apoio à Rede de Sementes Flor do Cerrado

Essa troca de experiência foi articulada e financiada pelo WWF-Brasil, que atua como instituição estruturante e também participa do Comitê Gestor da Rede Flor do Cerrado, junto com a Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) e o Instituto Taquari Vivo (ITV). Essas instituições possuem o papel fundamental no apoio à Rede de Sementes Flor do Cerrado, apoiando, direcionando e financiando parte das atividades para a criação e fortalecimento dessa nova Rede de Sementes.

Flávia Araújo, analista de conservação do WWF-Brasil, comenta que "Como instituição estruturante da Rede de Sementes Flor do Cerrado, o WWF-Brasil viabilizou esse momento de troca de conhecimentos e experiências visando fortalecer o papel dos coletores de sementes na Rede e ampliar o entendimento sobre o que é, e o que faz uma Rede de sementes dentro da Restauração de paisagens, trazendo insumos essenciais para a estruturação da rede no Mato Grosso do Sul."

"Ações como essa fazem parte da estratégia do WWF-Brasil para consolidação da cadeia da restauração nas Cabeceiras do Pantanal, parte alta da Bacia do Alto Paraguai, que abrange parte do MS e MT, e é uma paisagem prioritária para a instituição", ressalta Veronica Maioli, especialista de conservação do WWF-Brasil.

Sobre o WWF

O WWF-Brasil é uma ONG brasileira que há 27 anos atua coletivamente com parceiros da sociedade civil, academia, governos e empresas em todo país para combater a degradação socioambiental e defender a vida das pessoas e da natureza, conectados em uma rede interdependente que busca soluções urgentes para a emergência climática.


Com informações da ARSX
Rede de Sementes Flor do Cerrado participa de intercâmbio institucional em Mato Grosso Associação de Restauração, Conservação e Preservação de produtores de água da Bacia do Guariroba.
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ARCP Guariroba
A Rede de Sementes Flor do Cerrado participou, nos dias 24 e 25 deste mês, em Nova Xavantina (MT), de um intercâmbio institucional na Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX). Durante o encontro, os participantes conheceram as operações e os procedimentos que sustentam a atuação da ARSX, desde a coleta e armazenagem até a precificação e venda das sementes. Em 2017, a ARCP Guariroba iniciou um movimento de coleta de sementes nativas do Cerrado com a comunidade Quilombola Boa Sorte de Corguinho, em Mato Grosso do Sul. A partir de 2022, juntamente o WWF-Brasil e o Instituto Taquari Vivo, a Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) integrou as instituições estruturantes que apoiam a criação da Rede Flor do Cerrado- a primeira rede de sementes do estado. Atualmente, a Rede de Sementes Flor do Cerrado conta com quatro núcleos de coletas: Corguinho, Nioaque , Sidrolândia e Figueirão. No primeiro dia de intercâmbio, os 14 integrantes da comitiva de Mato Grosso do Sul participaram de uma apresentação detalhada sobre a parte institucional e administrativa da ARSX. Também visitaram o Laboratório de Sementes da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), onde lotes de sementes da Rede de Sementes do Xingu são periodicamente avaliados, e no final do dia, o grupo conheceu a propriedade do coletor e restaurador Vilmar Tusset, que tem resultados práticos do trabalho de restauração ecológica feita pela ARSX. Já no segundo dia, houve troca de experiências entre os coletores, na propriedade dos coletores e restauradores Mariozan Ferreira e Maria Ângela, no Projeto de Assentamento (PA) Pé da Serra. Os participantes também puderam observar outras áreas de restauração – uma feita com a técnica de muvuca de sementes e outra, com arranjo agroflorestal. Para o presidente da ARCP Guariroba, Claudinei Menezes Pecois, o intercâmbio foi muito importante para a consolidação da Rede de Sementes Flor de Cerrado. "Aprender com a experiência dos outros facilita bastante porque evita muitos erros. Podemos traçar um caminho, ter um caminho com mais acertos porque a Rede de Sementes do Xingu já passou por várias fases que nós estamos passando agora e, aprendendo com eles, podemos superar vários obstáculos", explica ele. De acordo com a vice-presidente da ARCP Guariroba, Maria Cristina Possari Lemos, a troca de experiências ofereceu uma referência para ressignificar algumas ações para atingir o propósito estabelecido. "Para isso temos que estruturar a rede de Semente Flor do Cerrado e implantar um fluxo detalhado das ações de cada componente da rede", avalia ela. A diretora-executiva da ARSX, Bruna Dayanna Ferreira de Souza, lembra que no início da formação da rede era apenas um coletor de sementes. "Depois sete coletores, depois fomos para 300 e agora 600. Essa é uma análise que precisa ser feita: qual o tamanho que a rede quer ter? É uma análise muito interessante de se fazer desde agora", disse ela, durante conversa com os visitantes. Laiane Korte, técnica da ARSX, também destacou a importância desse intercâmbio: "Foi além de uma visita entre uma rede e outra, foi uma troca super interessante. Ver outras pessoas começando uma nova rede, passando por problemas de estruturação, de mercado, de estado, de cultura, de tudo. As perguntas foram muito pontuais e nós nos surpreendemos com a troca. Saímos com vontade de ter mais intercâmbios assim", avalia ela. Já para o técnico do Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado (Ceppec), Adriel da Costa de Abreu, o acolhimento recebido e a troca de experiência durante o encontro foram essenciais para o desenvolvimento da Rede de Sementes Flor do Cerrado. "É uma riqueza muito boa a gente poder voltar para o nosso território e saber que futuramente iremos ter esse reconhecimento, essa notoriedade que a Rede do Xingu tem hoje", afirma ele. O WWF-Brasil e o apoio à Rede de Sementes Flor do Cerrado Essa troca de experiência foi articulada e financiada pelo WWF-Brasil, que atua como instituição estruturante e também participa do Comitê Gestor da Rede Flor do Cerrado, junto com a Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) e o Instituto Taquari Vivo (ITV). Essas instituições possuem o papel fundamental no apoio à Rede de Sementes Flor do Cerrado, apoiando, direcionando e financiando parte das atividades para a criação e fortalecimento dessa nova Rede de Sementes. Flávia Araújo, analista de conservação do WWF-Brasil, comenta que "Como instituição estruturante da Rede de Sementes Flor do Cerrado, o WWF-Brasil viabilizou esse momento de troca de conhecimentos e experiências visando fortalecer o papel dos coletores de sementes na Rede e ampliar o entendimento sobre o que é, e o que faz uma Rede de sementes dentro da Restauração de paisagens, trazendo insumos essenciais para a estruturação da rede no Mato Grosso do Sul." "Ações como essa fazem parte da estratégia do WWF-Brasil para consolidação da cadeia da restauração nas Cabeceiras do Pantanal, parte alta da Bacia do Alto Paraguai, que abrange parte do MS e MT, e é uma paisagem prioritária para a instituição", ressalta Veronica Maioli, especialista de conservação do WWF-Brasil. Sobre o WWF O WWF-Brasil é uma ONG brasileira que há 27 anos atua coletivamente com parceiros da sociedade civil, academia, governos e empresas em todo país para combater a degradação socioambiental e defender a vida das pessoas e da natureza, conectados em uma rede interdependente que busca soluções urgentes para a emergência climática. Com informações da ARSX