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APA do Guariroba recebe plantio de três hectares em sistema de muvuca

Publicado em 07 de Novembro de 2024

Mais de 300 quilos de sementes de árvores nativas do Cerrado foram plantados na área



A Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba), juntamente com os parceiros WWF-Brasil e +Ação Ambiental, realizaram um mutirão para o plantio de três hectares no sistema de muvuca, método em que as sementes de várias espécies nativas são misturadas e plantadas diretamente no solo para a restauração de áreas degradadas. Para realizar o plantio, foram adquiridos 300 quilos de sementes de árvores nativas da Rede de Sementes Flor do Cerrado.

De acordo com o presidente da ARCP Guariroba, Claudinei Menezes Pecois, o plantio no sistema de muvuca é um trabalho muito importante que já vinha sendo feito ao longo dos anos e vem se mostrando mais eficiente que o plantio de mudas "Cada ano a gente está aumentando mais a nossa área de muvuca na Bacia do Guariroba. Começamos com alguns experimentos fazendo áreas pequenas e, agora, a gente já está fazendo uma área bem maior", explica ele.



Em 2014, segundo Claudinei, foram feitos três hectares no sistema de muvuca e, em 2019, a área aumentou para cinco hectares. "Sempre a gente procurou aprender cada vez mais e, neste ano, nós fizemos três hectares e ainda restam mais oito hectares, totalizando 11 hectares no ciclo de plantio de 2024 e 2025 que vamos utilizar a técnica de muvuca na APA do Guariroba", conta ele.

Uma das principais vantagens de utilizar a técnica de muvuca, conforme o presidente da ARCP Guariroba, é que se faz o plantio em menos tempo, em áreas maiores e com baixo custo se comparado ao plantio convencional através de mudas. "O custo acaba ficando mais barato. Então, a técnica acaba ficando mais em conta e a gente consegue fazer mais áreas ao mesmo tempo. Outra vantagem do sistema de muvuca é que estamos ajudando a fomentar a rede de sementes de Mato Grosso do Sul, a Flor do Cerrado, que vem fornecendo as sementes para o plantio dessas áreas que estamos nos propondo a fazer", afirma Claudinei.

Para a vice-presidente da ARCP Guariroba, Cristina Possari Lemos, nos últimos anos, a utilização do método de muvuca vem crescendo bastante, em Mato Grosso do Sul e para realizar esse trabalho são necessários muitos quilos de sementes, fomentando assim toda a cadeia de restauração. "A rede de sementes contribui para a conservação ambiental e da biodiversidade, além de gerar renda para as pessoas das comunidades locais, que se tornam coletoras de sementes e restauradoras do ecossistema", avalia ela.



Rede de sementes Flor do Cerrado

Em 2017, a ARCP Guariroba iniciou um movimento de coleta de sementes nativas do Cerrado com a comunidade Quilombola Boa Sorte de Corguinho, em Mato Grosso do Sul. A partir de 2022, juntamente o WWF-Brasil e o Instituto Taquari Vivo, a ARCP Guariroba integrou as instituições estruturantes que apoiam a criação da Rede Flor do Cerrado - a primeira rede de sementes do estado. Atualmente, a Rede de Sementes Flor do Cerrado conta com quatro núcleos de coletas em comunidades quilombolas e assentamentos nas seguintes cidades: Corguinho, Nioaque, Sidrolândia e Figueirão.
APA do Guariroba recebe plantio de três hectares em sistema de muvuca Associação de Restauração, Conservação e Preservação de produtores de água da Bacia do Guariroba.
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A Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba), juntamente com os parceiros WWF-Brasil e +Ação Ambiental, realizaram um mutirão para o plantio de três hectares no sistema de muvuca, método em que as sementes de várias espécies nativas são misturadas e plantadas diretamente no solo para a restauração de áreas degradadas. Para realizar o plantio, foram adquiridos 300 quilos de sementes de árvores nativas da Rede de Sementes Flor do Cerrado. De acordo com o presidente da ARCP Guariroba, Claudinei Menezes Pecois, o plantio no sistema de muvuca é um trabalho muito importante que já vinha sendo feito ao longo dos anos e vem se mostrando mais eficiente que o plantio de mudas "Cada ano a gente está aumentando mais a nossa área de muvuca na Bacia do Guariroba. Começamos com alguns experimentos fazendo áreas pequenas e, agora, a gente já está fazendo uma área bem maior", explica ele. Em 2014, segundo Claudinei, foram feitos três hectares no sistema de muvuca e, em 2019, a área aumentou para cinco hectares. "Sempre a gente procurou aprender cada vez mais e, neste ano, nós fizemos três hectares e ainda restam mais oito hectares, totalizando 11 hectares no ciclo de plantio de 2024 e 2025 que vamos utilizar a técnica de muvuca na APA do Guariroba", conta ele. Uma das principais vantagens de utilizar a técnica de muvuca, conforme o presidente da ARCP Guariroba, é que se faz o plantio em menos tempo, em áreas maiores e com baixo custo se comparado ao plantio convencional através de mudas. "O custo acaba ficando mais barato. Então, a técnica acaba ficando mais em conta e a gente consegue fazer mais áreas ao mesmo tempo. Outra vantagem do sistema de muvuca é que estamos ajudando a fomentar a rede de sementes de Mato Grosso do Sul, a Flor do Cerrado, que vem fornecendo as sementes para o plantio dessas áreas que estamos nos propondo a fazer", afirma Claudinei. Para a vice-presidente da ARCP Guariroba, Cristina Possari Lemos, nos últimos anos, a utilização do método de muvuca vem crescendo bastante, em Mato Grosso do Sul e para realizar esse trabalho são necessários muitos quilos de sementes, fomentando assim toda a cadeia de restauração. "A rede de sementes contribui para a conservação ambiental e da biodiversidade, além de gerar renda para as pessoas das comunidades locais, que se tornam coletoras de sementes e restauradoras do ecossistema", avalia ela. Rede de sementes Flor do Cerrado Em 2017, a ARCP Guariroba iniciou um movimento de coleta de sementes nativas do Cerrado com a comunidade Quilombola Boa Sorte de Corguinho, em Mato Grosso do Sul. A partir de 2022, juntamente o WWF-Brasil e o Instituto Taquari Vivo, a ARCP Guariroba integrou as instituições estruturantes que apoiam a criação da Rede Flor do Cerrado - a primeira rede de sementes do estado. Atualmente, a Rede de Sementes Flor do Cerrado conta com quatro núcleos de coletas em comunidades quilombolas e assentamentos nas seguintes cidades: Corguinho, Nioaque, Sidrolândia e Figueirão.